verde

Com um pouco de sono ela acorda. O relógio de seu pequeno celular diz que são 5:10 am, então, esfrega os olhos, poe seu tênis, pega seu livrinho e um caderno e sai do quarto em que sua mãe dorme.

Não havia praticamente ninguém na estadia. A praia em que ela pretendia ir, ficava mais pra baixo, descendo umas escadas no meio do mato. Sem saber se estaria perdida, a menininha desce as escadas com cuidado à longa caminhada que ansiava. Árvores e mais árvores e sol, já presente começa a aparecer mais alto no céu.

Chegando finalmente lá, olhou ao redor da praia. Não havia absolutamente nenhuma pessoa além dela. Ela achou estranho, mas continuou a andar. Começou a dar bom dia à Deus sem a vergonha de ser descoberta por estranhos. Estava ficando quente e ela devia fazer seu devocional que havia prometido a Deus de fazer. Senta na areia e começa a ler. Distraída com o calor anda mais um pouco e encontra uma duna que faz sombra e um pequeno vazante por perto. Feliz, se senta debaixo da sombra e lê os versículos e faz suas simples anotações. Ao seu lado vê um carangueijo branco pequenininho e ri sozinha vendo o desengonçado andar rapidamente. Estava calma e se perguntando se Deus havia visto que ela tinha feito sua lição de casa logo de manhã.

Depois de um dia, a menina comenta com a gente grande que por sorte havia encontrado uma duna no meio da praia em sua caminhada matinal do dia anterior. Seu primo, impassivo diz que não havia nenhuma duna nem vazante, apenas um rio na praia naquele dia. Ela, surpresa, depois de um tempo desce à praia novamente. Estranho mesmo, a duna que havia lhe dado sombra sumiu, o carangueijo também, a vazante do lado, também.

Então, levantando as sombrancelhas se pergunta, menos ingênua, se era Deus a duna, a sombra, o carangueijo e a vazante olhando o mar.