domingo, 10 de julho de 2011

Degradée - Azul marinho a laranja.

(foto tirada por letícia kim, no carro)
Estava pensando em mudar a forma de intitular meus textos.Cores. Detalhes que parecem brincar no ar até pairar em nossa visão e dar graça para muitas coisas.
Ainda sim, me cansei delas como títulos.Queria aguentar até a centézima postagem para fechar o blog. Mas quis fechar assim, no 69, quando quis mudar. Para deixar o blog do jeito que está. Do jeito que sou ao escrever.

Sempre acreditei, que um bom crédito à criatividade se dá aos títulos. Ainda não sei qual será o tema dos meus títulos futuramente. Por isso o design do outro blog ainda não está do jeito que quero também. Bom, títulos em datas são românticos; os numerados, silenciosos; já os aleatórios, uma caixinha de surpresas. Os aleatórios podem até se tornam clichês e enigmas. Não queria fazer textos criativos que fazem sentido só para mim. Mas, a ideia de clichês muito óbvios também não me atrai. Enfim veremos.
http://meucriadoreeu.blogspot.com/

Estava andando a toa um dia desses. Sentindo o quase-silêncio do centro cultural. Olhando para chão cinza, enquanto ainda andava, fechei os olhos e os abri devagar e achei agradável aquela sensação calma. De estar no presente sem grandes medos.
Lembrei de como eu não queria que os acampamentos da igreja acabassem rápido, olhando compulsivamente para o horário que esfaqueava o tão precioso tempo que eu tinha dó de gastar. O tempo em que não precisava fazer nada além de viver cada atividade com e para Deus sem se preocupar tanto se minha mãe, que não crê no que creio, aceitaria de eu pular em um louvor e chorar muito porque Ele teve misericórdia de mim; sem ter de me sentir muito culpada buscando a Deus com meu pai, lá do jeito que ele está, por perto. Testei uma vez não olhar o acampamento inteiro para o relógio nenhuma vez para parar com essa neura para estar lá, ouvindo, andando, chorando, orando, pensando, rindo, louvando, fazendo atividade naquele exato momento. O engraçado, é que o tempo me agradou, sem me deixar angústias passando da forma que devia durar.
Depois de andar, acabei parando no aquário azul marinho, no fundo, com os peixes laranja, bem laranja. Assim como finalizo aqui o blog, queria daqui a alguns anos, me despedir bem também da minha juventude. Sorrir e lembrar dos momentos sérios, dos momentos vergonhosos, até os simples; sem parar e olhar pra trás com saudades e com vontade de voltar. Entendo que meu Deus foi justo comigo o tempo todo, vendo que tudo que passou foi bom, sem ficar consultando o relógio.

sábado, 11 de junho de 2011

vermelho - balãozinho

Deus não é o que você quer que Deus seja.
Deus é Deus.
Um louvor só é louvor quando é para Deus.
não importa quem canta, como canta, como é, se for sincero.
Uma oração é um clamor. Não papo furado.
Compromisso e santidade é reconhecer a presença de Deus e se limpar.
Porque se sujar é divertido, mas não vale nada.
Amor a todos seus amados não é tudo igual. Todos são diferentes.
o amor de Deus por você é diferente.
e nada isso vai mudar a situação.
você sim.
graças a Deus, não é?
porque mudar não é só falar, Letícia.
é agir.
é ser mais do que sincera. é ser você ao lado de Jesus.

                                                                                                      de Letícia, com olhos abertos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Azul - os céus, na distração do QT.

Nunca conto meu pior pecado. As únicas duas vezes que contei foram: um por erro, e outro porque Deus o revelou a outra pessoa. Não, minto. Já contei para mais 2 pessoas, mas essas sabem 10% dos 100%, o que praticamente é não contar. No primeiro caso, que realmente sabe o que fiz, a pessoa ficou com nojo de mim.
Faz muito sentido. Porque se eu não o conto pra praticamente ninguém, é porque realmente, não é um pecado que eu gostaria de compartilhar às outras pessoas mesmo que eu seja o tipo de pessoa que fala, antes de pensar e que se emociona facilmente. Acho que quero promover muito minha imagem mudada de Deus, sendo que não fui eu que fiz a mudança em mim mesma. Sonhando(no sentido de idealizar) o quão cristã quero me tornar, e nos testemunhos que eu poderia dar ou coisas que eu poderia compartilhar, em liderança. Isso sim, é nojento.
Não aceitar meu eu pecadora é um grande erro. Como poderei mudar se não me permitir me aceitar, para assim me entregar, do jeito que sou, a Deus?

"Certa vez, perguntaram a Leonard Bernstein, o grande compositor e maestro, qual era o instrumento musical que ele achava mais difícil quanto à disponibilidade de músicos qualificados. E ele respondeu sem hesitar: '' O segundo violino."
É fácil encontrar pessoas dispostas a assumirem o papel principal, a executarem solos e a receberem as atenções do público. Mas quem é que está interessado em tocar o segundo violino?"
Para Deus, ''os mais humilde é que se destaca.''
Que eu seja muito mais serva do que uma palhaça que fica na frente.


(trechos extraidos de ''Discipulado'', de Howard Hendricks)

domingo, 29 de maio de 2011

Preto - maquiagem.

Frio, frio e frio.
Olhava com os olhinhos no canto se era aquele ponto rosa, seu agasalho de lã. Dá grandes passos, desajeitados, estende os braços tremendo de frio e poe a roupa. Menos frio, ao menos. Vai pra perto da lareira e se senta, e espirra. Ih, mamãe vai brigar comigo, pensou. Esquenta as mãos e fica em silêncio. Cansa de ficar quieta e vai para a cama enquanto os pais ainda jantam. Adultos, comem tão devagar. Riu e subiu aos pulos as escadas da casa. Entra em seu aconchegante quarto e se espreguiça. Olha para a janela e fica ansiosa com o dia de amanhã. Suas amigas iam vir para casa.
Elas chegam cedo, e ela fica animada. Diz a Deus por dentro: Obrigada pela companhia delas! Convida-as para dentro naquele sábado de bom dia. Dão gargalhadas conversando sobe os menininhos chatos da escola que se acham espertos. Pobres meninos, não sabem de nada. Terminam seus cafés-da-manhã de torrada com geleia de morango e leite, e vão brincar lá fora. Como é inverno, ainda é frio. Correm de lá pra cá procurando pedrinhas bonitas. Correm até cansar e achar pedras menos feias, que lembram coisas engraçadas. O dia vai indo bem. Ela fala com uma de suas amigas, a pequena. A pequena e ela guardam grandes segredos e confiam uma na outra todas as coisas cabeludas. Ela, feliz por ter sua amiga pequena conta algo que seu melhor amigo pede para ela não contar. A pequena, assente e continua a correr pelo jardim. Depois de se exaurirem, decidem ir pra dentro para comer bons doces e fazer um teatro de bonecas. Tão divertido.
Hora de ir embora. Ela fica triste porque as mães, injustamente chegaram no meio da brincadeira do fim da tarde. Pensa: só porque amanhã a gente vai pra igreja.

Boceja grande, deveriam ser as brincadeiras de ontem, pensa no culto das crianças. Seu amigo está logo lá. Cutuca ele e dá um sorrisinho. Ele retribui. Acabando a escola dominical ele vai embora, pois tinha de ir na casa da avó. Se despedem e ela se sente insegura. Aquilo era quase traição de confiança. Ou talvez, de fato era.
O colégio, em suas aulas chaaatas, ficam mais intediantes. Ela olha para o amigo e ele a encara, bravo. Assustada, se agita. Será? será que a pequena contou? pensa sozinha abrindo a boca. Espera o recreio e vai atrás de seu amigo que logo a evita.
-Fiquei sabendo que contou tudo.
-Eu? quem te disse isso? é mentira!
-...é mesmo? que susto...fiquei então bravo a toa. Pensei que tivesse contado.
-Não...né...
E o sorriso bobo de seu amigo retorna a sua frente. Culpada, ve ele voltar para a carteira pegar seu suco de maçã. Puxa sua camiseta e diz que contou sim, tudo para a pequena. Pára de tomar seu suco e o derruba no chão. A empurra e vai embora correndo. Então ela chora, triste.
Mesmo depois de tirar satisfações com a pequena, a pequena não entende. A pequena não conhecia ela tão bem como a amiga grande que também fora a sua casa naquele dia. Guarda rancor e não consegue mais brincar direito com a pequena. Suas desculpas foram muito superficiais para ela.
Ela e grande então se aproximam. Pequena vai viajar com a família. Ela e grande começam a compartilhar segredinhos e curiosidades bobas, mais e mais. Nunca contaram coisas cabeludas de outras pessoas, então ela já não tinha tanto medo de sua amizade com grande.
Ela, quando lembrava das mágoas conversava com Deus, antes de dormir. Deus respondia com carinho a ela através da mãe e do pai, além dos estudos de domingo. Ela pouco entendia que Deus ainda agia na vida de ela, pequena e de seu amigo, que ela tinha muito a aprender e a confiar também.
Pequena volta de viagem e ela fica meio chateada. Não queria ainda brincar pra valer com pequena. Nos recreios, grande continua a falar com pequena. Ela observa e fica a brincar sozinha com seu cachorrinho de borracha, com forma especial de poddle.

Como os pais de pequena e grande são bem próximos, pequena dorme bastante na casa de grande, e vice-e-versa. Os pais animados com o fim do inverno, conversam mais e mais para planejar suas manhas a serem feitas na pesca, além do trabalho semelhante de administração que realizam. Quanto mais próximas, grande e pequena ficavam, ela mais triste ficava. Sentia-se isolada na escola ao ver elas. Ainda brincavam as três, mas ela não se sentia bem.
Pequena tinha o péssimo hábito de falar o nome de Deus em vão. Grande aprendia com isso, e começara o hábito também. Ela, cutuca as duas a repreendê-las, mas nada adianta. Conversa sério com grande, em quem tem confiança em um cantinho, perto dos armários.
-Grande, sabe...isso é feio...não é melhor parar?
-Eu sei. Vou pensar bem, tá bom?
Grande e pequena continuaram a falar o nome de Deus em vão e ela ficava brava. Ela reclamava a Deus, mas não orava por suas amigas.
Então a confiança em suas amizades foi diminuindo, diminuindo. Até que Deus, bem de perto disse que era necessário ter misericórdia, perdão e ainda confiança. Porque Deus confiou nela.

Branco e preto - brinquedo e o terno.


   Meu coração permanece agitado.
   Seja o tpm, seja a simples agitação de domingo,seja o quase-início de semana, sejam os acontecimentos de sexta, penso. Penso e penso.
   Hoje Deus teve uma conversinha comigo no culto. Já é praticamente a quinta ou sexta de várias conversinhas que Ele teve comigo. Conversinhas, não muito conversinhas, mas que de detalhe em detalhes estão se tornando grandes lições, lições bem sérias.
   Esse ano venho passando por diversas oportunidades de amadurecer meu compromisso e minha disciplina diante de Deus. Não vou mentir que muitas vezes fiz birra. Também não vou mentir que fui mais do que infantil e egoísta com meus pais, que houveram vários dias que não estudei quase nada. Mas ainda sim...a graça de Deus me açoita, mais e mais. Parece que Deus não quer que Letícia esteja no comando, e sim, Deus Pai, todo Sábio, Forte, sim, como piloto.

Ah Deus, que por favor, isso permaneça.
que não seja porcaria nenhuma de meu sentimentalismo.
que eu Te ame mais.
com um amor responsável e sincero.
em nome de Jesus Cristo. Amém.