no dia dos finados, dia 2 de novembro, acordamos cedo para nos encontrar no cemitério, era dia rever minha vó materna. o tempo estava muito agradável, friozinho da manhã e um sol fraco. as 7 e pouco a família se encontrou

na floricultura, e logo começamos a escolher, quer dizer eles estavam escolhendo haha. não lembro os nomes das flores, só suas cores :amarelas, vermelhas, cremes com pinceladas de vinho, lilazes e brancas.
o cemitério não era muito grande, mas era bem arborizado e agradável. árvores altas, lavanda e orquídeas cercavam os túmulos que permaneciam em silêncio, cobrindo assim, o local de lilas, branco e verde e marrom. chegando perto do túmulo da harmoni(avó em coreano) percebia-se feixes de luz iluminando certas partes do cenário e os céus parcialmente abertos com um azul agradável. vendo o cemitério pensei um pouco na morte, e principalmente na vida eterna que eu gostaria que todos meus familiares, não crentes, obtivessem.
muitas famílias tinham chegado antes de nós e haviam presenteado seus antepassados com flores vívidas, bem enfeitadas com um ar terno de lembranças. a noiva do meu primo2 e a esposa do meu primo1 colocaram as flores nos espaços ao lado do túmulo, e depois disso comentamos algumas coisas. sugeriram que eu orasse, porque poucos andavam na igreja, ou frequentavam menos do que eu. orei de forma simplória, mas sinceramente a Deus.
domingo minha mãe tinha insistido que eu fosse a praia com ela no dia seguinte, porque ela adooora se queimar e ir pra praia. depois do cemitério fomos a praia. como era feriado voltamos cedo, mas resumindo o bom mesmo da praia foi ouvir o som da maré e ver a grandiosidade de Deus.
durante essa semana, apesar do descanso do feriado fiquei alguns dias em silêncio com Deus. não sei, acho que por parte foi a falta de palavras e...confusão talvez. esse silêncio fez eu perceber que eu era muito dependente de Deus. pensar pouco e conversar pouco com Deus me fez sentir incompleta e mais suja do que já sou. fiz muitas desculpas pra me separar um pouco de Deus e ver o que meu orgulho e ''independência'' me diriam. ridículo haha, porque eu provavelmente fiz isso por pirra mesmo. incrível é que Deus não deixou de segurar minhas mãos pequeninas, que não deixou de me observar e amar. conversando hoje com minha empregada que teve um passado um pouco conturbado graças aos problemas familiares percebi que estava sendo irresponsável com o amor de Deus. ela cresceu sua infância na bahia com 13 irmãos, um pai que trabalhava de dia, bebia de noite e batia na mãe. além disso, o pai não permitia que as mulheres e meninas de sua família estudassem, pois acreditava que seria perda de tempo. minha empregada ao longo de sua vida veio pra São Paulo e foi acolhida como empregada em uma outra família que a auxiliou a viver em condições razoáveis. se casou duas vezes, nas quais foi enganada, sendo roubada e 'abandonada' com os filhos, sem uma casa na rua. um de seus filhos morreu e ainda sim..seus 4 de 5 filhos estudam ou trabalham, e ela vem andando no caminho de Deus, por meio de Jesus.
não sei Deus haha. só de ouvir ela falando de sua história deu pra ver..que o Senhor em muitas ocasiões teve muito amor por ela, apesar de todas as controvérsias. e isso me fez refletir que não correspondo a essa ternura e...amabilidade que o Senhor tem. provavelmente...isso se deve à minha falta de compromisso. peço a Ti persistência, e principalmente perdão pelas coisas que deixei de fazer. oro em nome de Jesus Cristo..Amém.
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