quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

rosa, vermelho, laranja


10.10.2010
um hábito muito ruim que tenho é de notar primeiramente em qualquer pessoa, não os olhos ou o rosto, mas as roupas. sinceramente, não sei desde quando comecei a fazer isso, mas sei que isso incomoda as pessoas que percebem. além disso, me incomoda por estar fazendo algo que é do desagrado destas. infelizmente, uma coisa que me prendeu a atenção, sem lembrar se foi a primeira coisa que vi nela, seria sua bata com estampas floridas, predominando o vermelho, o rosa e o laranja; mesmo enquanto conversávamos, meus olhos se voltavam à estampa.
em algum momento da conversa, ela comentou sobre o aconselhamento que vem fazendo a mim e que seria melhor, da parte dela e do meu evangelista, que também vem me aconselhando, de cortarem as ligações que eu vinha fazendo repetidas vezes quando estava afobada ou ansiosa com problemas pequenos que deveria direcionar a Deus. o pior de tudo isso, é que é verdade. minha zona de conforto geralmente é poder conversar com alguém em quase todas as ocasiões, sendo que antes das pessoas, Deus deveria ser aquele no qual confio e encontro mais paz, colocando-O na minha ''discagem rápida''.
ela também comentou que eles, meus conselheiros, não estavam fazendo isso por motivos pessoais, mas pelo meu bem. ao ouvir isso, fiquei grata de ter a oportunidade de saber disso. provavelmente, como ela já sabia, ficaria triste em algum momento por não conseguir falar com eles, já que me apeguei muito a eles. só que depois, me senti incomodada. talvez seja pelo fato de eu sair de minha zona de conforto e ter de buscar, persistir mais em meu relacionamento com Deus, talvez pelo fato de saber que vou sentir saudades, mesmo que ainda os veja aos fins de semana, talvez esteja percebendo que estou chegando a minha vida adulta e que meus conselheiros tem suas próprias vidas pessoais, que nada aqui é para sempre, e tudo coopera pela vontade de Deus, a melhor opção, eu querendo ou não.
não estou escrevendo isso porque eu ache é o fim de dois relacionamentos que tenho. eu já imaginava que algo assim provavelmente aconteceria, alguma mudança, ao perceber minhas ações que ela vinha apontando em certa época em que estava frequentemente telefonando. conclui, enfim, que Deus cuidou abundantemente de mim por meio da vida deles e agradeço muito por isso. 08.12.2010

durante esses quase dois meses praticamente parei de fazer minhas ligações à eles. nas primeiras duas e três semanas foi realmente difícil. me encontrei várias vezes em dúvida e com bastante ansiedade. queria respostas práticas, rápidas e fáceis de entender. entretanto, Deus talvez quisesse que eu encontrasse essas respostas por meio das parábolas e não pelas pessoas. as conclusões que fui encontrando sozinha com Deus, mesmo exigindo paciência e persistência aos poucos começaram a aparecer. principalmente pelo devocional e o culto de domingo.
admito que muitas vezes fiz minha conversa com Deus virar uma rotina. ainda tenho que tomar muito cuidado para não banalisar meu relacionamento com Deus, mas concluo, não só hoje, mas provavelmente depois de 1 mês e 1 semana sem falar com eles que isso me fez bem. cortar vícios, que indiretamente são meios para eu idolatrar são sempre necessários.
parei não somente de conversar com eles, mas também com alguns amigos com os quais conversava bastante ao telefone. as conversas agoras são longas, mas menos frequentes, ou até a convivência fala mais alto e esboça nossa amizade no silêncio e nas conversas do dia-a-dia.

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